Sou apaixonada
Sou mãe galinha de 4 lindos pintainhos
Adoro Música
Adoro ler
E gosto de escrever umas coisas e por isso criei este meu cantinho de desabafos!
Sou apaixonada
Sou mãe galinha de 4 lindos pintainhos
Adoro Música
Adoro ler
E gosto de escrever umas coisas e por isso criei este meu cantinho de desabafos!
Não posso adiar o amor para outro século não posso ainda que o grito sufoque na garganta ainda que o ódio estale e crepite e arda sob as montanhas cinzentas e montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço que é uma arma de dois gumes amor e ódio Não posso adiar ainda que a noite pese séculos sobre as costas e a aurora indecisa demore não posso adiar para outro século a minha vida nem o meu amor nem o meu grito de libertação Não posso adiar o coração.
Para ti tenho tudo o que quiseres: Uma harpa com cordas de cristal Que só o vento sul pode tocar, Um nome antigo que nunca ninguém disse E um vinho em movimento circular.
Um planeta ainda por descobrir, Que entrevejo nas noites mais vazias. Uma aurora boreal petrificada À tua porta, um canto de embalar E um gesto louco a emergir do nada.
Tenho um comboio de madeira, uma cidade Verde, verde, aberta e revoltada. Uma sombra que desmaia no passeio, As cores que ninguém vê no arco-íris E um diamante com um coração no meio.
Tenho um segredo feito de marfim, Uma batalha que ninguém perdeu, O segmento de recta onde amanheces. E uns olhos onde podes encontrar O que não disse, para que o quisesses.
De repente não posso dizer-te o que te queria dizer, homem, perdoa-me, saberás ainda que não escutes as minhas palavras que não me pus a chorar nem a dormir e que estou contigo sem te ver desde há muito e até ao fim.
Eu percebo que muito pensem, e Pablo o que faz ? Estou aqui. Se me procurares nesta rua encontrar-me-ás com o meu violino preparado para cantar e para morrer.
Não é por querer deixar alguém, nem aos outros nem a ti, e se escutares com atenção, na chuva, poderás ouvir que vou e venho e me demoro. E sabes que devo partir.
Se não se entendem as minhas palavras não julgues que sou o que outrora fui. Não há silêncio que não se acabe. Quando chegar o momento, espera-me, e que saibam todos que saio a rua, com o meu violino.
Mulher, teria sido teu filho, para beber-te o leite dos seios como de um manancial, para olhar-te e sentir-te a meu lado e ter-te no riso de ouro e na voz de cristal.
Para sentir-te nas veias como Deus num rio e adorar-te nos ossos tristes de pó e cal, para que sem esforço teu ser pelo meu passasse e saísse na estrofe - limpo de todo o mal -.
Como saberia amar-te, mulher, como saberia amar-te, amar-te como nunca soube ninguém! Morrer e todavia amar-te mais. E todavia amar-te mais e mais.